Noite de acidentes e Dia de comer poeira

20 de agosto de 2011

Noite de sustos - dia 17:

Esperava um dia livre para ligar o gigante, mas com o bicho montado e parado na garagem não dava para aguardar mais. Assim, quarta feira rumei para a oficina as 21:30hs a fim de ligá-lo de qualquer jeito. Montei tudo, baterias no lugar, tudo em contato, caixa fechada, gasolina no tanque, vamos nessa!
De início o motor encrencou um pouco, afogando (a regulagem ainda estava ruim) perdi alguns minutos mexendo no carburador e logo o motor ficou estável. Antes de colocar no chão, deixei rodar no cavalete para conferir se estava tudo funcionando como o esperado.
  • Marchas engatando. OK!
  • Freio... hummm ruim. Não está pegando, tenho que regular depois. Mas como será só um teste devagarinho... pode ficar sem freio (Aí começou o erro!).
  • Acelerador, está invertido. Mudei o sentido no rádio. Joia! OK!
  • Óleo circulando, servos da direção e marcha funcionando. OK!
Já pode ir pro chão.


Carro desce a rampa entra no estacionamento e anda! Euforia a mil. Até que derrepente... Acelera no máximo de uma vez só, sai como uma bala, cantando pneu. Freio? Estava sem, lembra? Tentei segurar o rojão mas foi muito rápido, segundos, e ele já estava atropelando o meio fio e subindo o canteiro. Logo em seguida, tudo volta ao normal.
PUTO, faço o carrinho dar ré, virar, descer o canteiro e voltar pra ver o que ouve. Neste momento já vi que estava com a traseira torta, afundada. Vixi!
Eis que como um passe de mágica o motor cola o pé no acelerador de novo, com a traseira danificada, derrapa e gira.  E Bum!!! De novo no canteiro, e nesta hora faíscas voam do motor.
Desligo tudo já pensando no pior.
Que Droga!

De volta a garagem:

Voltando, fui caçando os estragos e contabilizando o prejuízo.
Fora as fotos que virão abaixo, vi que ele deu uma empenada no chassi e que entortou o braço da direção que está soldado ao suporte da roda frontal. Foi uma bela pancada na guia, se não fosse o sistema de absorção de impactos os servos já eram!
A roda traseira bateu da segunda vez, entortou muito pouco. Depois com umas pancadas no cubo (que é de chapa) ela já vai ficar boa. Mas as rodas frontais ficaram bem empenadas...
Ao bater e pular dentro do canteiro o “amortecedor” de madeira (hehehe) traseiro quebrou. Com isso o chassi abaixou, como a cruzeta estava ovalada e era “só pra teste” ela não compensou este desalinhamento e forçou tanto que o pino quebrou.
Vi que a capa da corrente se destruiu toda! Mas qual o motivo?
Eis um dos grandes vilões deste estrago todo, a trava do pino da emenda arrebentou e o pino saiu. Como ela era bem fina, eu bem que devia ter esperado isso. Mas como a trava era original, achei que mesmo sendo fina era assim mesmo. Com a sua quebra o pino foi saindo e abrindo a corrente, quem segurou a onda foi a capa que forçava o pino para dentro. Mas mesmo assim, o pino foi saindo e arranhando a cara do motor até que quando o motor deu o segundo tranco ele saiu de vez, destruiu a capa da corrente, e batendo no esticador, estragando ele também.
Esticador com mola estragada pelo pino.
Cara do motor arranhada.

Com tanta notícia ruim é difícil ver algum ponto positivo, mas encontrei alguns pelo menos:
- Não está vazando mais óleo.
- A bomba funciona.
- o filtro de Glow adaptado como filtro de óleo funciona (esta foi boa).
Dá pra ver as partículas de metal que o filtro segurou.


Consertos e conclusões – dia 18.

O dia passou e depois de quebrar um pouco a cabeça finalmente encontrei os culpados da destruição da noite anterior.
A bateria do receptor estava com um pequeno mau contato no conector.
Ao começar a andar com o carro sem amortecedor, chacoalhando tudo ela deu mau contato.
O receptor apagou momentaneamente e ao ter a energia retomada, seguiu um protocolo que é bem simples, voltar todos os controles a posição inicial (fail safe) e buscar o rádio para receber ordens.
Porém, como eu disse mais acima, eu havia visto que o acelerador estava invertido, e mudei no controle... no controle.
O receptor não sabe disso. Pois quando ele foi pareado com o rádio, a posição de zero era o oposto.
Assim, ele jogou o acelerador para máximo. Levou poucos segundos, e logo achou o controle e voltou ao normal, acelerador em zero. Mas estes poucos segundos foram o suficiente para atropelar a guia do canteiro. Ao tentar trazer ele de volta, novo mau contato. E novo ataque de ira! E voltamos para o canteiro.
Os outros estragos já eram previstos só de olhar, a trava da corrente saiu e destruiu tudo que estava perto.
Assim, voltei a noite para oficina a fim de sanar tudo para um possível teste no dia seguinte na hora do almoço!

A bateria maldita, e o conector problema retirado.
Corrente reconstituída.
Ninguém acredita, mas esta é um “Frankenstein” da corrente inicial. A original por ter destruído o esticador pulou fora e acabou entalando na capa da corrente e o pinhão começou a mastigar ela e forçar a andar, (por isso as faíscas de ontem). Como o pinhão está temperado ele com isso não sofreu nem um arranhão. Já a corrente, ficou toda marcada pelo pinhão e cheia de amassados e chanfros. Ou seja, imprestável. Pegue a sobra do metro de corrente que comprei, porém faltou uns 4 elos, que tive que caçar entre os elos da corrente zoada, mas deu certo.
Para não sair mais, joguei o grampinho fininho fora e usei um arame galvanizado mais robusto. Agora só sai no alicate.
Corrente arrumada, é hora de ver a cruzeta destruída e também providenciar outro “amortecedor” de madeira.
Como eu não tinha mais pinos de válvula de carro pra cortar, tive que improvisar. Nesta um parafuso Allen veio bem a calhar. Pronto... pino novo.

Regulei o freio, afinal não posso dar esta bandeira de ficar sem freio nunca mais.
Reprogramei o receptor para voltar para o mínimo de verdade!!!
Desentortei os cubos de roda no martelo até ficar razoável (sem paciência para desmontar tudo e balancear de novo). Desentortei a orelha da direção, e pronto. Amanhã já está minimamente arrumado pra rodar. Uma e quinze da madrugada e eu estava chegando em casa, podre.


Comendo Poeira – dia 19.

Convidei, meio que de última hora, uma galerinha para prestigiar o acontecimento. Alguns grandes amigos parceiros de toda hora.
E vamos logo ligar este motor!!!!
Da esquerda para a direita: Eu, Cobra, Pedrão e Carlos. (Já dá pra ver que o carro já está sujo, hehehe)

Funcionou que foi uma maravilha, muito legal mesmo.
Embora eu tivesse brincado que o relé de microondas ia queimar, ele está vivo até agora! Já saiu uma fumacinha dele, mas não deixou de funcionar. Relé Guerreiro.
O motor continuava mal regulado, mas graças aos conhecimentos automobilísticos do Pedrão, a motosserra foi regulada. E ficou impressionantemente econômica. Rodamos um bom tempo com menos de meio tanque (menos de 150ml ).
Seguem algumas fotos do pós teste:
Lateral direita. Olha o estado do filtro de ar.
Lateral esquerda. Saiu o esticador e entrou um simples taruguinho de Nylon. Simples, mas eficiente.
Traseira com servos e disco de freio.
Haha! Tá imundo!
Olha o estado dos conectores e chaves.
Ao ver este vazamento de óleo pelo oring do eixo me questionaram quanto ao respiro do tanque.
- Que respiro do tanque?
HAhahha. É! Sempre alguma coisa passa, e esta passou. O Carter não tem respiro, com isso o óleo aqueceu, dilatou e fez pressão na caixa. Como não tinha saída, ele forçou a vedação do eixo até ganhar. A pressão não deve ter sido pouca, vazou também no eixo superior do comutador de marchas.
Tenho que colocar os amortecedores logo. Pois como a galera observou:
- Wurs, este carro tá pulando como um cabrito!
Hahahh realmente, amortecedores já.
Guardando o guerreiro no lab. Até parece que foi no deserto.

O teste foi um sucesso, levantamos muitos pontos que vou pensar em como solucionar, mas todos possíveis. Respiro no tanque, terminar gaiola, deixar o freio mais eficiente (É! Ainda não tá bom, o Cobra que o diga.), amortecedores, rever molas do passador de marchas (A ré teimou em entrar quando foi requisitada), etc...

Por fim, segue um compilado do primeiro passeio na terra.

Mais pra frente soltou outros vídeos.
Grande Abraço a todos e bons Projetos.
Wurs

7 comentários:

Leo Sigma 20 de agosto de 2011 às 18:06  

muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito foda Wurs!!!!!!!!!!! to louco p ver pessoalmente!!!! =D

Helton Franco de Sousa 20 de agosto de 2011 às 20:41  

hahahahaha... Parabens pelo projeto Wurs, ainda quero ver ele impinando!!! hehehehe

Abraços, heltin

Wurs 21 de agosto de 2011 às 12:15  

Ao Lado do evento da Winter haverá um grande campo de futebol e gramado... Reservem seus bilhetes. HAHHAHAA.
Já estou providenciando um galão de gasolina.
Abraços
Wurs

Edmilson Maciel 22 de agosto de 2011 às 09:15  

Parabéns! Enfim o bebê chorou!
Agora é só acompanhar os primeiros passos, digo as primeiras voltas!
Valeu Wurs! Não deixe de postar novidades.

Marcos Passos 31 de agosto de 2011 às 20:29  

Demais Wurs!!! Simplesmente fodástico!

Cara, estou pensando em levar à frente aquela ideia de Segway a combustão. O Dudu também gostou da ideia!

O que acha?

Abração e sucesso!

Wurs 31 de agosto de 2011 às 21:15  

HAHahhah a idéia é boa, meio doida, mas é boa!
Acho que vai ter que começar a pensar em usar um diferencial se seguir com o projeto a gasolina.
Seria um projeto dahora de ver funcionando. Nunca vi nada igual!

Abração
Wurs

Unknown 14 de maio de 2017 às 14:48  

OLA, os itens desse carrinho nao podem ser comprados?tipo o chassi,as rodas... e tals . seria legal, ou se nao os projetos pra fz em casa msm.

Sobre a Oficina

A Oficina foi especialmente criada para servir como canal de divulgação e incentivo a projetos "DIY". (Faça você mesmo!)
Aqui será registrado o andar de alguns trabalhos meus, espero que sejam úteis e possam instigar outras pessoas a também iniciar seus próprios projetos. Entretanto, ocasionalmente pode aparecer alguma coisa estranha aqui, fora do tema. Um devaneio ocasional...
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