Sistema de Lubrificação

13 de abril de 2010

O maior inimigo das máquinas é o atrito, ele gera desgastes e aquecimentos que podem chegar a fundir metais. Normalmente a maioria dos projetos de automodelos requer apenas um pouco de graxa e está tudo certo. Porém, estamos lidando com um motor de alta rotação, onde as graxas deixam de ser a melhor opção, pois seriam arremessadas das engrenagens deixando o sistema “seco” em pouco tempo.
Optar também por um sistema de marchas exige uma lubrificação mais atenciosa, que vou discutir mais a frente.
Assim, não podemos simplesmente encher a caixa de marcha de óleo até a tampa e fechar, pois isso geraria uma enorme perde de carga por “atrito viscoso”. O óleo também pode ser o vilão deste sistema!!
Assim, qual a medida?
Inicialmente vamos manter um nível de óleo mínimo dentro da caixa de engrenagens, este óleo será arrastado pelas engrenagens maiores e será espalhado nas menores por "transferência direta" ou seja, contato. As engrenagens que giram mais rápido farão com que o óleo espirre pela caixa, criando um segundo tipo de lubrificação, a “lubrificação por Salpico”.
Fora isso, temos uma parte do sistema que não é atendida por nenhuma destas formas de lubrificação, são as engrenagens que estão girando livres no eixo de marchas.
Elas giram rápido e não tem rolamentos nem buchas, assim o óleo dificilmente chega a sua base. Para resolver isso foi criado outro tipo de lubrificação, a "lubrificação forçada"!
Veja como o eixo é furado. Pelo seu interior é injetado óleo com pressão, este óleo sai pelos furos radiais que ficam embaixo das engrenagens. Desta forma o óleo é injetado por baixo criando um “filme de óleo” que recobre o metal e impede o atrito direto com a peça.
Mas como injetar o óleo no eixo?
Agora tivemos muita sorte de ter uma Moto-serra. Todas as moto-serras possuem uma bomba de óleo para a corrente, este óleo lubrifica a serra enquanto ela corta a madeira impedindo que trave. Como a bomba tem uma regulagem de vazão, será possível dar um ajuste melhor ao sistema durante os testes ( possivelmente ficará no máximo).
Quem toca a bomba é o próprio motor a gasolina, ele possui uma engrenagem no seu disco de embreagem que move diretamente a bomba. Assim, enquanto o motor estiver ligado e a embreagem girando, a bomba vai girar e fornecer óleo. Se o motor entrar em ponto morto e a embreagem abrir, o eixo para e a bomba também. Simples e funcional!
O que vou fazer é colocar um filtro dentro da caixa de marchas por onde o óleo será sugado, ele será transmitido até a bomba e de lá para um mancal lacrado que vai forçar o óleo a passar pelo eixo e de lá lubrificar o sistema todo, voltando para a caixa.
Parece muito absurdo um modelo deste ter sistema de lubrificação forçado, mas sem isso o sistema vai  esquentar muito e estragar em pouco tempo, neste caso acaba sendo uma necessidade.
Além de garantir uma vida extremamente longa as engrenagens e eixos.
E é esta a idéia.

0 comentários:

Sobre a Oficina

A Oficina foi especialmente criada para servir como canal de divulgação e incentivo a projetos "DIY". (Faça você mesmo!)
Aqui será registrado o andar de alguns trabalhos meus, espero que sejam úteis e possam instigar outras pessoas a também iniciar seus próprios projetos. Entretanto, ocasionalmente pode aparecer alguma coisa estranha aqui, fora do tema. Um devaneio ocasional...
Enfim... Nada mais normal

  © Free Blogger Templates Nightingale by Ourblogtemplates.com 2008 EdiTed aNd MoDiFIed by Wurs

Back to TOP